segunda-feira, 28 de maio de 2007

Música, música, música!


Como qualquer outra tarde sem nenhum compromisso, entro numa loja à procura de distração. A seção onde são vendidos CDs me parece a pedida certa. Afinal, eu poderia ver alguns lançamentos e ainda ouvir trechinhos de músicas, tocadas naquelas máquinas maravilhosas, que nos dão a oportunidade incrível de conhecer tantos artistas for possível. Foi quando a seção de MPB –música plural brasileira – me encantou e fui levada à letra "T" atrás do novo CD do Tom Zé, uma maluquice genial chamada Danç-Êh-Sá, ou Dança dos Herdeiros do Sacrifício. A intenção desse grande músico foi chamar a atenção do público jovem principalmente, compondo músicas com letras muito simples: onomatopéias, gemidos, gritos, poucas sílabas; mas tudo cheio de ritmo e racionalidade. Consta na descrição da obra as palavras de Tom Zé: “para chegar a esses jovens, mudei tudo que já produzi e segui a sugestão de Chico Buarque de que a canção acabou.[...] Logo os antropólogos, jornalistas e cineastas se mobilizarão, concorrendo para que a juventude se engaje no projeto otimista que é ser o negro que somos, herdeiros do sacrifício de várias nações africanas, cujo sangue depurou a arte e a religião de 3 Américas – vejam-se o samba, a Tropicália ou o rock, o hip-hop e o reggae.” Tom Zé encanta e inova – mais uma vez – ao conseguir fazer um CD só de sensações e reinventa a música para o nosso privilégio. Assim como o fez em Estudando o Pagode, outro CD recente. As letras são irreverentes, trata-se de uma "opereta" e por isso há nelas uma continuidade, como se houvesse duas pessoas discutindo um tema que é, genericamente, a mulher. O som tem cara de Brasil e as ótimas vozes são irresistíveis. Ainda só para comprovar e aumentar minha admiração por Tom Zé fui ao show que ele fez na cidade de Campinas, durante a Virada Cultural. Lá ele se dedicou a tocar seus clássicos e ainda me deu o gostinho de ouvir uma canção de Estudando o pagode. Bom, gostaria que vocês me desculpassem por postar um texto aparentemente tão sem propósito. A minha intenção é apenas indicar e mostrar o que eu considero boa música, para isso eu tive que contar uma historinha boba dessas!

Agora uma listinha de indicações que pude formular após essa proveitosa tarde musical. Percebam a influência do espaço físico: estive especialmente na seção MPB, entre as últimas letras do alfabeto...

Danç-Êh-Sá, Tom Zé, Tratore – 2006

ESTUDANDO O PAGODE
Segregamulher e Amor, Tom Zé, Trama – 2005

TOM ZÉ - SÉRIE DOIS MOMENTOS VOL.14Relançamento em CD de O Caso é Chorar, 1972 e de Todos os Olhos, 1973Continental – 2000

Perfil Zeca Baleiro, Som Live

Baladas do Asfalto e Outros Blues (ao vivo), Zeca Baleiro, Universal – 2006

PetShopMundoCão, Zeca, Abril Music, 2002

The Miseducation of Lauryn Hill, Sony, 1998 (show dela por aqui em junho!)

Vinicius de Moraes (sem especificações, quanto mais melhor!)
http://www.viniciusdemoraes.com.br/

Esperem por mais besteiras essa semana, fica a promessa de uma nova postagem em breve. Obrigada!

3 comentários:

Pedro Cornachione disse...

Música é uma coisa que se você melhorar até estraga velho
asuashsauhasuas
muito boa a sua postagem
então talvez algum dia você noticie alguma música composta por mim
ausahsauashas
mais gostei do texto
Tom Zé é um mestre mesmo, Zeca Baleiro é demais e Chico é o Rei, O Lord
que a força esteja com você

Anônimo disse...

Dani,Dani
sempre inovando né?
Seus textos são ótimos, mesmo mesmo
Bom, sem enrolação.
Espero que você esteja bem.
E está.
Beijo ...

nacim elias disse...

tom zé é louco minha filhas,
mas quem não é?