domingo, 16 de setembro de 2007

25 de Março: vozes na multidão

Mais uma vez um trabalho da faculdade! Este eu entreguei na última semana, torçam por uma nota razoável haha. O gênero é crônica.

Próxima estação: São Bento. Desembarque pelo lado direito do trem. Ai, não precisa empurrar, tô saindo! Compre seu bilhete comigo, Metrô e CPTM, sem filas! Trim, trim! Alô? Oi, Neusa, então, já desci aqui na São Bento, estarei no escritório em cinco minutinhos! Meu docinho, você promete que vai ficar pensando em mim o dia todo? Prometo, minha pequerrucha! Ai, cajuzinho, estou com saudade desde já; preciso ir, tchau, tchau, amo você! Ah, só mais um beijo minha florzinha! Então tá, só mais unzinho! Miguel, saída Ladeira Porto Geral, é por aqui mesmo! Nossa, Lurdes, como está cheio! Pois é, eu disse que a gente devia ter vindo mais cedo!

Fom, fom. Opa, opa! Com licença aí! Sai da frente, mané! Caiu, caiu, caiu o preço do relógio! Olha o perfume importado baratinho, madame, cada um custa 15 reais, se levar dois faço por 30! Tá com fome? “Marmitex” por dois e cinqüenta, hoje a mistura é especial: buchada de bode! Vai passar por cima, mané? Aqui não entra carro! Já saiu, já saiu! Os filmes que todo mundo vê no cinema, você pode ter em casa, 4 dvds por 10 reais, imperdível! Vai um pedaço de melancia aí? Mas mãe, eu quero o boneco do Action Man Modo de Batalha com 47 articulações e frases interativas em cinco idiomas! Ah não, Marcinho, não vou comprar aquele bicho feio, fique quieto senão a mamãe não te traz mais! Óculos de sol Dolce e Gabbana por somente 30 reais, é barato demais minha gente! Ei, patroa, venha conferir, a bolsa que a moça da novela usa, a gente tem aqui: Victor Hugo, lindíssima e igual a da Cléo Pires! Ai, como está quente aqui! Oi moça bonita, quer dar uma turbinada? Invisible BRA, o sutiã de silicone do polishop por 10 reais! Ai titia, titiaaaa! Que horror esse apito, voz insuportável, titia, titia o quê! Eu quero um desses, mãe! Nem pense nisso, Maria Eduarda! Então, seu camelô, eu só tenho 12 reais, e aí, dá pra fazer? Ah, minha senhora, por 12 não dá, sabe como é, senão a gente não ganha nada. Aqui é tudo preço de fábrica! Massagem!!! Ui, que arrepio, que é isso moço? Quanto atrevimento! Desculpe, minha senhora, mas e aí, gostou? Leve pro maridão!

Ei ei, olha o “rapa” descendo!!! O “rapa”, seu Luiz! Os “homi”, Maria! Guarde as coisas! Ai, meu Deus, alguém me ajuda! Espera aí, dona Ângela, que eu ajudo a senhora a empacotar! Ai, obrigada, meu filho, eu sempre digo, mas nunca aprendo que na minha idade é bom ter uma barraca com licença! O “rapa”? Mas cadê? Não sei, Rose, não importa, bota tudo na sacola, rápido, rápido! Ei, para que empurrar? Desculpe, desculpe. Ai olhe este colar, não posso deixar, Afonso, espere! Agora não, vamos embora! Venha, filho, fique perto de mim, cuidado com a correria! Ai, Juju, que medo, vamos sair daqui amiga!

Não é o “rapa” não, minha gente! Alarme falso! O “rapa” não tá aqui não! Pode voltar gente! Ai, ainda bem! Quem foi o bobo que inventou isso? Dou-lhe uma bordoada... Tenha calma, dona Jacira! Como calma? Quase me mata do coração, meu filho! Ah não, benhê, só preciso comprar mais algumas coisinhas, não foi nada, está tudo tranqüilo, você não ouviu o que eles disseram? Ai que sede! Que aperreio hein, seu Gilmar! Olha a água de coco, refrescante e docinha! Venha comprar guardanapos de cozinha lindos, minha amiga, são 10 por apenas oito e cinqüenta!

Com licença, seu guarda, quem é esse tal de “rapa”? Ah, minha senhora, é a polícia. Mas e o senhor é o quê? Eu sou segurança do metrô. Ah entendi, eu pensei que eles estivessem correndo por sua causa; nossa, mas é uma loucura essa tal de 25 de Março, não? Nem me fale...

Ufa! Próxima estação: Sé. Desembarque pelo lado esquerdo do trem.

"Anticurso" Revista Caros Amigos (Como não enriquecer na profissão)

Dia 1 (15 de setembro de 07)

Mylton Severiano: editor executivo da revista e responsável pela seção “Enfermaria”

A fachada estreita da editora Casa Amarela esconde um espaço agradável, peculiar e relativamente amplo. Nas paredes, muitas capas anteriores da Caros Amigos, um retrato de Che Guevara, fotos da antiga revista estadunidense Life e mais algumas outras imagens. A movimentação era pequena pouco antes do horário marcado para o início dos debates, com isso, ele foi adiado para acontecer às 13 horas e 30 minutos. Tanto os estagiários como os assistentes e todos aqueles que trabalham na revista foram muito simpáticos. O ambiente era de descontração proporcionado pelo público predominantemente jovem que ali estava.

Mylton Severiano abriu o Anticurso perguntando a ocupação de um a um da platéia. Seu depoimento foi marcado pela exposição de fatos e relatos importantes de sua trajetória no jornalismo que completará 50 anos em breve. Mylton destacou a figura do também jornalista Hamilton Almeida Filho em sua carreira, expôs sua opinião quanto ao diploma de jornalismo que, segundo ele, não deveria ser exigência para entrar no mercado e para tanto, contou algumas histórias de sua vida tentando mostrar que a profissão está mais ligada à vocação e ao talento do que à formação acadêmica. Comentou, inclusive, sobre a linha tênue que existe entre jornalismo e poesia, literatura; completando: "Ninguém pede ao poeta seu diploma de poesia não é?". No entanto, e de forma controversa, Mylton fez questão de deixar claro que não considera a formação do ensino superior perda de tempo, mas expôs um dado que mostra que apenas 12% de quem obtém a graduação em jornalismo segue a profissão. “A exigência do diploma causou a elitização da categoria”, completou Severiano.

Antes de encerrar sua palestra, Mylton mostrou um vídeo a respeito do caso da Escola Base e o grande equívoco da mídia em relação ao caso. E ainda, o jornalista contou sua experiências em mídias alternativas, iniciadas na revista Bondinho, passando pelo jornal Mais Um (1976) e pela publicação Doçura (por volta de 1980). Severiano relatou as dificuldades enfrentadas por ele e seus companheiros devido à repressão na ditadura e deixou claro sua repugnância pelo que os militares impunham à maioria da publicações que foi a censura prévia. O jornalista fechou sua participação contando o que Sérgio de Souza, também editor da Caros, disse ao convidá-lo para colaborar na revista: “Escreva sobre o que você gosta muito ou sobre o que não gosta nem um pouco”.


José Arbex Jr.: editor especial

José Arbex é um homem bastante espirituoso e agitado. Seu depoimento no anticurso foi carregado de críticas à grande mídia e ao sistema neoliberal de forma geral. Arbex apontou problemas importantes do fazer jornalístico como a insistência que certos veículos têm em considerar sua apuração imparcial e seus textos objetivos. Ele disse que a grande mídia apresenta os fatos como se fossem retratos da realidade e não aceitam ideologias e a militância, o que, para ele, é hipocrisia. O que Arbex denunciou em sua palestra é de alta relevância e por isso merecem espaço alguns trechos de seu depoimento.

“Existe liberdade de expressão no Brasil apenas formalmente”. O jornalista justificou a afirmação contando o boicote que uma distribuidora aplicou sobre o jornal com o qual trabalhou, o Brasil de Fato, publicação esquerdista produzida pelo MST. Segundo Arbex a mídia é um reflexo da desigualdade social, e por isso, só haverá modificações em sua hierarquia quando for mudada a própria organização da sociedade.

Outros pontos de vista interessantes foram expostos por Arbex, quase sempre bem-humorado e sarcástico ele se exaltava apenas ao contar o que o indigna. O jornalista apontou, por exemplo, a escolha do governo brasileiro pela tecnologia de TV digital japonesa um erro, segundo ele, o modelo oriental é um dos mais caros e menos democráticos. Ainda assim, Arbex vê com bons olhos a implantação da tecnologia digital no país. No entanto, alertou o público para o que já foi feito de forma errada pelo governo em relação à transmissões, como a empresa que cuida desse aspecto no Brasil que é Anatel, ter sido privatizada, assim como os satélites responsáveis pelo sinal que aqui chega. O jornalista foi categórico ao dizer que uma democracia da informação implica não só no direito de receber, mas também no direito de transmitir, referindo-se às concessões que o governo proporciona somente aos veículos que considera merecedores.

A identificação de Arbex com o Movimento dos Sem Terra é conhecida e vem de longa data. Tanto que o jornalista ajudou participantes do MST a montar o jornal Brasil de Fato. Dessa forma, ele pôde contribuir para uma mudança da percepção do que se pensa ser o movimento. O que a grande mídia cobre são apenas as invasões e o enfoque é dado ao caráter violento que o movimento pode adquirir - um dos aspectos que incomodam Arbex quanto ao MST - , no entanto, nada se fala sobre a organização e a magnitude dos projetos desenvolvidos dentro e fora dos acampamentos. "O MST é o primeiro movimento social com projeção nacional e conexão entre si. São esses dados que assustam e enfurecem a burguesia nacional, a questão da terra está longe de ser o principal ponto de discórdia", afirmou Arbex. O jornalista ainda explicou um pouco como funcionam as escolas dentro do movimento e a importância para eles da construção da consciência política desde a infância. Isso porque o estudo tem mais eficácia quando está aliado à mobilização prática. Desde pequenos, os garotos que vivem nos acampamentos precisam aprender como se defender e como lutar por seus direitos. "Educação formal não é igual a educação política, Hitler nasceu num país onde a educação formal é de alto padrão", completou Arbex.

Durante o debate aberto após o depoimento de Arbex, outras concepções importantes foram ditas por ele. "Quatrocentas empresas controlam a economia mudial, não há liberdade de comércio no mundo", disse ele e quando indagado sobre a relação entre poder aquisito e consumo de cultura, Arbex foi mais uma vez categórico: "Não há relação direta entre poder finaceiro e cultura, nível intelectual. O dinheiro é, na realidade, uma forma de censura." Segundo o jornalista ainda vivemos num sistema de escravidão, o que não permite o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida de toda a população. Arbex soube conduzir toda a conversa com personalidade e opiniões fortes, há o que ser contestado em suas palavras, mas a percepção que o profissional tem da sociedade e da política mundiais é simplesmente genial.

Cheguei à palestra com grande expectativa e fui embora satisfeita. O público era heterogêneo e parecia interessado no que estava sendo dito ali. É gratificante perceber que o interesse na mídia alternativa tem crescido e que opiniões diferentes têm sim seu espaço.

http://carosamigos.terra.com.br/

sábado, 8 de setembro de 2007

Expressão e escrita são maneiras de pensar e quem sabe entender

Achei este texto aqui nos rascunhos do blog... Se hesitei em publicá-lo uma vez, não o farei mais. Mesmo sabendo que tem muita coisa a ser aprefoiçada, daria um artigo legalzinho, mas nem tanto. (Ele foi escrito em setembro).
A trajetória de minha vida até aqui é parecida como vive qualquer pessoa que pertença à hamada classe média, pacata. Pensar sobre isso me ajuda a entender o modo como eu formei as concepções que tenho hoje, minha criação foi uma grande influenciadora. Não digo que meus pais estudavam comigo aspectos da política e me diziam no que acreditar, mas eles me ensinaram quão boas ou más as pessoas podem ser, que acima de tudo ajudar e repartir são acões indispensáveis. Cresci no interior do estado, brincando na rua e convivendo. Minha família, como outras que conheço, atingiu certa ascensão social para chegar onde estamos e com isso fomos mudando algumas coisas na maneira como vivemos e encaramos o mundo.


Hoje, parecem a mim muito interessantes os conceitos que chamados de esquerdistas. Não sei dizer qual é minha posição política, mas espero sabê-lo logo. Na profissão que escolhi, o jornalismo, muito se fala sobre objetividade e distanciamento, ou seja, fazer parte de um partido político, por exemplo, soa como mau exemplo de conduta. Mas todo esse papo de imparcialidade está mais do que superado, é evidente e irrefutável que toda pessoa tem seu ponto vista, até mesmo para narrar um fato comum nós colocamos nossas impressões no discurso. Então, por que ainda falam em prezar a busca pela verdade? Porque querem nos fazer acreditar que ela existe, e mais ainda, a grande mídia tenta nos convencer de que é portadora e transmissora da tão venerada “verdade”.


Dizer que não gosto da Globo ou da Veja seria clichê demais; para mim o importante é entender o que essas empresas fazem e como influenciam seus consumidores. O problema não é só atingir um público grande, pois ser acessível é qualidade. A questão é ser tendenciosa, como qualquer publicação, e ser considerada oficial. O problema é se declarar prestadora de serviços ao público, quando na verdade, a grande mídia publica o quê e da forma que interessa aos seus anunciantes e à classe social que beneficia. O problema é fazer análise e emitir opinião sutilmente e falar que se está fazendo jornalismo informativo. O problema é denunciar corrupção só quando o inimigo a pratica. E acima de tudo, o problema é ser tão canalha a ponto de cometer “atrocidades jornalísticas” sem ser notada realmente até por quem tem alguma consciência política.


Meu pai acha a Veja legal porque ela denuncia, acha o PSDB bacana porque os candidatos são bem votados e ainda assim ele é um grande e generoso homem. Por que é que a forma solidária com que ele trata a vida e as outras pessoas não pode ser aplicada à política? Por que não chega a ele uma publicação de caráter humanitário e preocupado com a igualdade social? Ele lê Veja achando que está se tornando alguém melhor e mais informado, enquanto na verdade seus ideais de bondade estão sendo comprometidos e influenciados pela revista. Gosto de acreditar que existe alguma liberdade de expressão no país, mas não sei dizer o que é preciso ser feito para que meu pai passe a ler a Caros Amigos, o Brasil de Fato, ou quem sabe algum site como o Mídia Independente ou o Carta Maior. Não sei o que fazer para explicar-lhe o que está sendo feito com suas concepções pouco a pouco.


Eu penso que a grande mídia mente e nos distrai muito; porque enquanto nós ficamos aqui tentando apontar culpados no mensalão que sejam do PT, muita cultura e informação é perdida e deixada de ser absorvida - é claro que a questão é ainda maior, mas esse poderia ser um argumento. Ficamos cada vez mais carentes de informação com qualidade e buscamos o simples, grosseiro e gratuito, de preferência. Desaprendemos a gostar de ler e de entender as regras gramaticais, escrevemos cada dia pior, porque é dessa forma que lemos. Não somos influenciados a consumir cultura popular brasileira ou latino-americana, porque o enlatado está ali ao alcance mais fácil, mesmo. Não aprendemos a formular opiniões próprias sobre política, porque pouquíssimo entendemos a respeito, e o que o colunista de domingo diz é sempre certo e "tão bonito de ler".


Muitos dizem que a discussão sobre ser de direita ou de esquerda está cada vez ampla e mais complicada. Pode até ser, mas eu penso que enquanto “a massa” não souber nem aos menos o que os termos significam, de nada adiantará tanta discórdia. Até porque hoje não sabemos definir com precisão tudo o que cada posição implica. Não quero acreditar na história de que aos 20 é loucura não ser de esquerda, enquanto aos 40 é maluquice sê-lo. Gostaria que as pessoas entendessem o que a esquerda procura e que um regime socialista não é todo mundo usar o mesmo tipo de sabonete. Gostaria que pudessem compreender que movimentos sociais não são aglomerações de desocupados e que acreditar no diferente vale a pena.
Entendam que não tentei ser prepotente. De forma alguma, o que quero é apenas expressar minhas opiniões, por menos interessantes que elas pareçam a muitos.

domingo, 2 de setembro de 2007

Ritmo, moda e poesia

(Bom, antes quero explicar que este é um texto que fiz pra faculdade, gênero descritivo. Desculpem, mas foram a falta de ter o que postar e ainda assim a vontade de fazê-lo que me levaram a botar isso aqui haha! A pauta é antiga, mas o que vale é a vontade de manter o tabuleiro atualizado).


Ritmo, moda e poesia
A segunda noite da Virada Cultural de Campinas mostrou a qualidade com que a prefeitura organizou essa manifestação artística gratuita, coube ao Cordel do Fogo Encantado fechar o que foi considerado um grande sucesso de público

O sol ainda brilhava quando as primeiras pessoas começaram a chegar à Estação Cultura para mais um dia de atrações. A maioria jovem, desleixada, tanto na maneira de se vestir como no comportamento; rapazes usavam cabelos com dreads, enquanto moças trajavam longas e coloridas saias, além de brincos de metal que tilintavam conforme o ritmo de seus corpos. Tratava-se da Virada Cultural de Campinas, em seu segundo e último dia, domingo (20/05), no qual a Estação Cultura recebia o público que esperava pelo espetáculo da banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado. Por volta das 13h até às 19h – quando a banda subiu ao palco – todos dançaram e beberam ao som de MPB, espalhados ao longo de um corredor, ao lado do trilho por onde já passaram tantos trens de carga.

O palco estava bastante enfeitado, figuras de libélulas em tons pastéis faziam alusão à capa do novo disco, Transfiguração, da banda que logo estaria ali, o Cordel do Fogo Encantado. Enquanto o show não acontecia, o público perambulava pelas lojinhas rusticamente montadas ao longo do vasto corredor da antiga estação de trem. As mais variadas peças de roupa e de acessórios podiam ser encontradas. O trabalho de dezenas de jovens estilistas estava exposto, tratava-se do Mercado Mundo Mix, feira itinerante que reúne a produção chamada de alternativa da moda.

O clima era de tranqüilidade e descontração quando subiram ao palco os cinco integrantes: José Paes de Lira, Clayton Barros, Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida. O Cordel do Fogo Encantado iniciou a apresentação tocando um de seus sucessos: “Palhaço do Circo Sem Futuro”, música de seu penúltimo disco homônimo. A platéia se agitou e passou a entoar as canções com uma disposição notável. Era possível perceber que muitos já eram fãs da banda há um bom tempo, cantavam fervorosamente as letras poéticas, as quais retratam as dificuldades e prazeres de se viver na seca nordestina. Os brincos de metal usados por tantas fãs produziam um som à parte, ritmado com os batuques e atabaques dos percussionistas da banda.

O Cordel, como é chamada pelos fãs, é uma banda que nasceu há dez anos em Arcoverde (PB). No início tratava-se de um grupo teatral, mas devido à adesão dos últimos integrantes, Rafa e Nego Henrique, acabou se tornando uma banda musical. No entanto, o caráter performático do grupo não desapareceu, visto que suas apresentações são conduzidas com intensidade e expressão pelo vocalista Lira Paes.

No encerramento da Virada Cultural de Campinas, que contou com diversas atividades na cidade durante o final de semana, o Cordel ocupou majestosamente o palco em que o grande Tom Zé havia se apresentado no dia anterior. Em cerca de duas horas de show, a banda pôde apresentar algumas músicas consagradas e quase todas que compõem o disco recém-lançado. Estima-se que 30 mil pessoas tenham participado das atividades programadas pela prefeitura em vários pontos da cidade durante o final de semana.


Boa semana!

sábado, 1 de setembro de 2007

Por que é que esquecemos tão facilmente?

Talvez o grande e mais estúpido defeito da sociedade ocidental seja o esquecimento. Sim, porque a história poco nos interessa e menos ainda é usada para pensar o presente e o futuro. Por que é difícil entender o quanto fatos históricos são importanta no estudo do presente.