sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Olá, Fernanda

Quando li seu comentário, fiquei muito comovida. Nunca havia recebido uma mensagem como a sua, por isso a surpresa boa. Como vc não tem um blog onde eu possa comentar, resolvi fazer este post para agradecê-la, afinal, vc merece uma palavra de resposta.

A primeira vez que li o comentário, não entendi quando falou sobre a visita que fez à igreja, pois não pensava que um texto meu iria incentivar alguém a isso. Mas depois, relendo, entendi bem o que vc quis dizer... Procurou o ambiente de uma igreja pela incrível paz que ele proporciona, foi uma boa idéia.

Fiquei muito feliz por tê-la ajudado de alguma forma. Nem me fale em crises e desordem de idéias, porque também vivo uma bagunça dentro da minha cabeça. É escrevendo que eu encontro uma forma de pensar, organizar e reconstruir meus pensamentos. Se a maneira que encontrou foi ir à igreja, que seja, o importante é ter sua válvula de escape, um caminho.

Não pretendo ficar dando conselhos, nem passando por psicóloga. Mas acho importante compreender nossa juventude, nossos anseios e angústias, que são tantas. Obrigada por me ajudar nisso.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Muito mais dúvidas que respostas

A crise financeira desencadeada pela bolha no mercado imobiliário estadunidense é a ordem do dia. Veículos de comunicação falam sobre o assunto incessantemente.

Afinal, o capitalismo já mostrou há muito que opera de forma cíclica, com altas e recessões. Desta vez, o cerne da situação não se difere tanto de outras crises já enfrentadas: desregulamentação em "excesso" e fraca participação do Estado na economia podem resultar em problemas.

Ainda assim, não se fala em recessão, apenas em queda do crescimento das economias mundiais, especialmente dos países desenvolvidos.

No Brasil, o governo tem atuado pontualmente. A última é a tal medida provisória que autoriza o Banco Central a comprar carteiras de títulos privados dos bancos.

Novas medidas para atenuar a crise de crédito no Brasil. O BC também atua na batalha contra a escalada no dólar: venda de dólares. Injetando cada vez mais dinheiro na economia, são mais de 60 bilhões desde o agravamento da crise.

O economista Raul Veloso destaca que mais do que injetar dinheiro, o governo precisa conter gastos e aumentar sua poupança, para que sobre mais dinheiro para investimentos produtivos -- já que a fonte internacional estará bem mais escassa.

O intuito é que o BC atue de forma mais efetiva no mercado financeiro, o que é tendência atual: intervenção do Estado a fim de amenizar as perdas da crise.

O bom desempenho da economia durante o governo Lula pode estar em jogo. A oposição atribui as conquistas ao cenário internacional favorável. Agora veremos se os bons números se mantêm, ou pelo menos não caem tanto. A dúvida é se estamos tão bem preparados para atravessar esta situação como as autoridades insistem em afirmar.

Do outro lado, Bush garante que o pacote aprovado na última semana começará a render frutos em breve, muito breve. Novos bancos nos EUA podem quebrar. A falta de confiança impera no mercado mundial. O dólar sobe com muita força e isso logo deve se refletir na inflação brasileira, que até setembro vinha baixando (no caso do setor alimentício).

Última ação de bancos internacionais: baixar as taxas básicas de juros numa ação cordenada pelos BCs em 20 países. Talvez a questão não seja apenas de preço, mas de desconfiança. Por isso, pouco se alterou nas bolsas desde a medida.
We'll see... we'll see.

Diário de ônibus

Vida de andar de ônibus não é fácil. Não mesmo. Todo dia dá aquele frio na barriga só de pensar naquela gente toda espremida, suando, em busca de um ventinho que seja. E o trânsito de São Paulo então? Um desgosto só.

Só que nem tudo é tristeza quando se usa o transporte público. São tantas pessoas e tantas histórias, que dá pra se divertir e aprender um bocado sobre esse tal de ser humano. Às vezes pode ser muito entediante, mas a vida de ônibus costuma ser bem mais animada do que parece.

A primeira angústia: o ônibus que demora a passar

É claro que muita gente não age assim, mas duvido que ninguém saia em cima da hora pra pegar o ônibus. A gente calcula mais ou menos quanto tempo leva a viagem, aí chegamos ao ponto uns 5 minutos antes do horário em que ele precisa passar pra conta dar certo. Ou seja, não é sempre que dá certo! Ainda mais se for férias, aí a coisa complica de vez.

Não tenho bilhete único, que saco!

Há algum tempo que o bilhete único foi implantado em São Paulo. Hoje em dia, a maioria das pessoas que usa o transporte público já tem o seu. Mas eu não tenho. Até pouco tempo eu não precisava usar ônibus ou metrô todo dia. Hoje eu uso. Não ter o cartão dá dor de cabeça. Os cobradores, muitas vezes, dizem: desculpa, mas não tenho troco. Aí é aquele desespero atrás de moedas perdidas na bolsa. Por isso, o melhor é sempre ter dinheiro trocado em mãos. Minha ânsia por moedas e notas de dois reais é tanta que há pouco tempo minha mãe reuniu muitas notas e me deu. Ai que alívio! Sem contar o fantasma do assalto... Abrir a bolsa dentro de ônibus lotado ou na rua não é muito recomendável, mas que importa, é preciso.

Sem óculos não dá

Meio grau de miopia parece pouco. Até é se comparado a outras doenças. Mas enxergar o destino do ônibus que vem ao longe? Não dá. Quando esqueço os óculos em casa é um tormento, só na adivinhação mesmo pra saber qual ônibus está chegando.

CONTINUA...