segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Americana e Ourinhos decidem a Liga Nacional de Basquete Feminino 2008. Nas semifinais, o primeiro eliminou Santo André e o segundo deixou Catanduva para trás. Na noite de 15 de dezembro, os times disputam o terceiro de cinco jogos que apontarão o vencedor.

A situação para o time da casa é pouco animadora. Ourinhos vencera as duas últimas partidas, e restava mais um triunfo antes do título. Nos últimos momentos do jogo, emoção.

Falta. Dois lances livres. Americana, que chegou a ficar 17 pontos atrás no placar, arremessa e faz o ponto de número 74. Faltam apenas seis segundos para o fim do jogo. A equipe adversária, com 73 pontos, pede tempo.

O time visitante tenta sua última jogada, mas não acerta. Fim de jogo.

Last but not least: Vicky Cristina Barcelona

Ainda que filmes depois de duas ou três semanas em cartaz não pareçam mais tão atrantes, não deixei de assistir à nova produção de Woody Allen, o longa Vicky Cristina Barcelona.

Lendo as críticas já pude conhecer todo o enredo -- que não é lá muito complexo. Ainda assim, o filme me pareceu interessante e minha atenção foi tomada o tempo todo. Como os críticos de cinema já haviam me precavido, o papel de Penélope Cruz recebe destaque, ainda que não seja a protagonista.

Quero dizer que recomendo, é isso! Nada de cair no clichê que têm sido as críticas sobre este longa. Basta!

PUTA MUNDO INJUSTO, MEU!

Não demora muito pra gente entender na pele aquela frase de mãe: o mundo é injusto. Realmente, é uma sacanagem atrás de outra. Na faculdade, professores displicentes, autoritários e burros, o que dói ainda mais.

No dia-a-dia de consumidor, conflitos e desgate em cada compra/contratação de bens/seviço de grandes empresas. Quem nunca teve problemas com a Net, com a Telêfonica, com a Tim ou com o Terra que levante a mão -- eu já tive com todos.

Em casa, as brigas com pais e irmãos até parecem divertidas perto de tanto aborrecimento. É o cara que quase te atropela na rua, o motorista do ônibus que finge não ter visto você acenar, o comerciante que dá troco errado -- pra menos, claro.

No momento de lazer, a TV que não conhece outra palavra que não Madonna -- gosto dela e do que ela representa, mas isso é outra história. Os noticiários que aborrecem muito e informam bem pouco. As manchetes de revista? Repetitivas e desinteressantes. Vai ao cinema pra assistir ao Brad Pitt levando tiro na cabeça, tanto humor negro sem graça...

Enfim, descobre-se que as pessoas podem ser más, que não pensam duas vezes antes de te dar uma rasteira, e que além de tudo, o lazer vem enlatado e com gosto péssimo.

PUTA MUNDO INJUSTO, MEU!

E a solução? Não sei dizer, mas vale entrar no orkut e receber belas e tocantes palavras de consolo:

Sorte de hoje: Muitas das grandes realizações do mundo foram feitas por homens cansados e desanimados que continuaram trabalhando.

Afinal, como não ser alguém cansado e/ou desanimado diante de tudo isso?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Contratação do Fenômeno, que não demora a se tornar o "Caso Ronaldo"

Não é preciso entender muito de futebol pra saber que a contratação de Ronaldo pelo Corinthians é algo grande, e importante. Para os torcedores, num primeiro momento, é hora de comemorar. Mas será que o Fenômeno realmente irá ajudar a equipe, tecnicamente? A fronteira entre marketing e futebol foi pro beleléu? É o que discute o jornalista Juca Kfouri em seu blog.

A especulação sobre a possível ida do jogador ao time alvinegro parece ter surgido esta manhã. Às 13h, a gazetaesportiva.net já confirmava: Ronaldo estará no Corinthians por pelo menos uma temporada. Mais tarde, no portal UOL, a manchete era outra: Ronaldo acerta, e Corinthians já se prepara para lucrar com o astro.

Não sei se por influência da opinião de Kfouri, mas a notícia atenta para a provável real motivação desse negócio: marketing, na busca de atrair patrocinadores e aumentar a renda do time. Ainda que Ronaldo seja bicampeão mundial pela seleção brasileira; aos 32 anos, voltando de uma lesão, ele talvez não possa fazer muito pelo Corinthians, não em termos de futebol.

A Fiel comemora. E nós esperamos para ver no que vai dar essa história.

Detalhe que me deixou intrigada (na verdade, indignada): Soube da notícia pelo site da GE.net e logo fui conferir o que o UOL havia dado. Eram quase duas da tarde, e a manchete anunciava uma possível contratação de Ronaldo. Não se passaram 3 minutos, voltei ao portal, o título mudara, confirmando o fato. Ao abrir a notícia, a surpresa: o texto datava das 13h05, e só ali no rodapé dizia que havia sido atualizado depois das 14h. Agora eu pergunto, vale dizer que atualizou mesmo que tenha sido mudado todo texto, inclusive o título?

* Texto originalmente postado em bateeblog.blogspot.com
-- Tem que tomar o jeito de crônica, e não de artigo ou coluna. Senão eu me perco...
A crônica é um gênero sedutor, tanto pela aparente simplicidade como pela riqueza que pode trazer. Texto fácil e gostoso de ler, conteúdo denso (?), seja lá o que isso significa. É o dia-a-dia, o que perturba, o que surpreende e instiga o autor, que por sua vez, tenta causar a mesma sensação em quem lê. Pode abordar um tema, comentar um fato, contar um causo. Pode ser metalíngüistica, assim como esta e tantas outras. O que vale é ser simples e tocante, ser perder a graça da mistura rica entre literatura e jornalismo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Por favor, jornalistóide não!!!

- Já não consigo mais escrever "através"... Agora substituo sempre por "por meio".

- Não posso ver acentuação que eu considere errada, vírgulas fora de lugar. Pra que separar sujeito e verbo, minha gente?
Outra coisa: abriu o aposto, botou a vírgula, ótimo! Então por que não termina e coloca a vírgula de novo, meu filho?

- E a confusão com "porquê", "por que" e "porque"? Por quê???

- E o "mas" que virou "mais"?

- Conjugar o verbo no subjuntivo, deixa disso, pra quê, né?!

- A reforma ortográfica me dá coceira só de pensar...

- Não consigo escrever sem checar informações, completá-las. É difícil falar sobre um tema sem dar a ficha técnica! E isso dá trabalho, afinal, infelizmente, ao contrário do que nós pensamos, nem tudo está no google!

- A busca por sinônimos é intensa. O dicionário sempre à mão.

- Quando finalmente me livro da mania de escrever diálogos na cabeça enquanto eles acontecem, aparece essa, de pensar a vida como se fosse uma pauta! Tudo pode ser pauta, tudo é passível de se tornar uma matéria! Aquela sensação constante: "onde é que está meu gravador neste momento?", "e o bloquinho?", "e a câmera fotográfica???".

- Quero comentar sobre tudo, mesmo sem entender quase nada...

- Um colega pisa na bola ao escrever? Coitado!

- E as dúvidas? Sobre gramática, sobre jornalismo, sobre qualquer área do conhecimento: simplesmente só aumentam, e muito!

Enfim:
NÃO QUERO SER UMA JORNALISTÓIDE CHATA (seja lá o que isso quer dizer) , QUE SACO!

Mas será que já nasci assim?

Drops! Afinal, quem não tem preguiça de se aprofundar num mesmo assunto?

Meu Nome não é Johnny: O filme foi dirigido por Mauro Lima e produzido por Mariza Leão. Atores principais: Selton Mello (surpresa!) e Cleo Pires. O enredo é baseado numa história real, a trajetória do atual cantor e produtor musical João Estrella. O longa convence, ainda mais porque o drama vivido pelo protagonista se aproxima da realidade de muita gente na minha idade. Muita gente que tem acesso ao cinema. Só um problema que me incomodou bastante: o nome. Não porque eu não tenha gostado, pelo contrário, me chamou a atenção. O que decepcionou foi a explicação pra ele -- esperava mais, algo que fosse relevante na trama.

Entreatos: Documentário foi lançado em 2004. Direção de João Moreira Salles. Trata-se dos bastidores da campanha eleitoral de Lula em 2002. Emocionante. Ainda mais pela importância histórica do momento. Membros do PT que a gente ouve falar por causa das brigas que se metiam na ditadura se emocionam com a eleição do líder. Ainda que o Lula tenha decepcionado, tem gente muito pior que poderia estar "comandando" (modo de dizer) este país.


Na fila...

Vicky Cristina Barcelona: Juro que ainda pego nos cinemas! Mesmo que não tenha esperança de ver coisa muita coisa diferente dos outros filmes de Woody Allen. Mas Woody Allen é Woody Allen e ponto (piada interna).

O Povo Brasileiro (Darcy Ribeiro): Sinto vergonha por ter começado a lê-lo e ainda não ter terminado. A linguagem é mais difícil do que a das ficções e bestsellers, mas nenhum bicho de sete cabeças. Promessa para estas "férias" (não estou exatamente de férias, mas finge que é como se fosse).

O Monge e o Executivo (James Hunter): Achei o livro jogado numa prateleira aqui de casa. Comecei a ler por curiosidade, mas ela se extinguiu logo nas primeiras páginas. Já tive minha fase de "vamos ler auto-ajuda", agora não dá mais. Sem contar o nome do autor, James Hunter, ah, vá.

Bravo!: Na espera pela edição de dezembro da revista. A última trouxe reportagens bacanas. Destaque para a entrevista com Saramago! Ele não disse nada que surpreendesse, mas deu depoimentos bonitos e emocionados. O ponto baixo da revista foi a matéria sobre o show do R.E.M. Aliás, nem foi sobre o show. Na tentativa de inovar, creio eu, publicaram uma ficção que tinha como pano de fundo a apresentação. Cansativo, bem pouco explicativo. O autor tentou encaixar as informações sobre o show e sobre a banda nas falas das personagens. Deu aquele sensação de que "ninguém fala assim", sabe?

Bienal de SP: Sofro. Não fui à Bienal e não terei mais chance de ir. Pelo menos não devo ter perdido tanta coisa, afinal, havia um andar todo vazio (brincadeirinha ignorante, mas que é verdade, é verdade).