sábado, 22 de dezembro de 2007

Nada de título por hoje

Se é pra viver que vivamos intensamente. Não porque os livros de auto-ajuda nos ensinaram, mas porque a sensação é verdadeira e pura. Se é pra viver que nos entreguemos a cada situação tentando não pensar nas possíveis más consequências, mas que também não sejamos tolos a ponto de achar que a vida é um conto de fadas. Contos de fadas são chatos, desinteressantes, a dor e o sofrimento não são ruins. No entanto, a vida não deve ser um estado de depressão, no qual sentimos tristeza sem razão. Vivemos pra sentir dor quando há um motivo e isso é aprendizado, é crescimento e evolução. Mas saibamos que há um limite, que sofrer não deve ser um ideal e que os exageros nos fazem mal. Apenas tenhamos consciência de que pra levantar é preciso cair primeiro. Se é pra viver, então, que sonhemos também, que sejamos ambiciosos por amor e pela alegria nossa e de quem está aí ao lado. Se é pra viver que brinquemos com as crianças e passemos nossas tardes vendo tv, se assim nos faz bem. Se é pra viver que dediquemos o melhor de nós mesmos em tudo e ainda assim que saibamos que pra nós nunca será bom o suficiente. E se é pra ser diferente do comum que isso seja o natural e que o comum não é ruim, é inerente a nós e nos faz sentir que pertencemos a algo maior. Se é pra viver que não nos sintamos mal por não saber explicar certas coisas, porque sentir e acreditar pode nos satisfazer, mas não o tempo todo. Se é pra amar que amemos sem o medo da desilução. Se é pra levar uma vida pacata, sem emoções ou mudanças, não vale a pena. Pelo menos pra nós; nós somos únicos, pode apostar.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

Ops... escapuliu... hahaha

Bjos Dani!
Feliz ano novo pra vc e pra todos que te fazem companhia ai!

Gui FF

Natalia Guaratto disse...

O melhor texto que vc já escreveu!

Fú,
Entusiasta e admiradora

Rafael Cornachione disse...

cada linha valendo a pena...melhorando hein danaum...

Pedro Cornachione disse...

Uma bela reflexão, palavras em bom uso, está em um belo estágio de aprimoramento filosófico, jornalístico e lingüístico.