Depois de algumas semanas sem ao menos acessar o blog, resolvi ver o que tinha deixado aqui por último. Nessa olhada, percebi que a descrição do blog tinha a palavra ideia ainda com acento! Bom gancho pra discutir a reforma ortográfica. Bem, logo quando soube que ia valer a partir de 2009, fiquei indignada. Pouco sabia sobre o assunto, mas já me assustava a ideia de mudar o jeito como a gente escreve!
Enfim, a reforma veio, as dúvidas são muitas, mas a Academia Brasileira acaba de lançar a versão oficial das "novas palavras". Não custa checar, ler, tentar se adaptar às mudanças que aconteceram em 0,7% (segundo a revista Época) do nosso vocabulário. Já para os portugueses, as mudanças afetaram 1,5% da ortografia. Temos até 2012 para nos acostumarmos, até lá serão tolerados erros -- para vocês, talvez, porque na minha profissão a gente tem que se adaptar já!
O intuito da reforma, ou pelo menos a justificativa oficial, foi de que as mudanças aproximariam os países falantes do português. Realmente, ao ler Saramago (A Viagem do Elefante, seu lançamento) a minha dúvida é se facto significa fato e não que diabos ele quer dizer com cornaca (espero que não seja uma piadinha com meu sobrenome).
Reciclar a língua é importante, e deve acontecer de tempos em tempos. Mas não acredito que a ortografia seja o maior problema quando nos deparamos com lusófonos de outros países, as diferenças no vocabulário continuarão dificultando o entendimento.
Ressalvas: além da bagunça que virou o uso do hífen, outra mudança me irritou: o acento diferencial foi derrubado em palavras como "para" e "pelo". Já me peguei algumas vezes lendo "para", sem interpretá-lo como verbo, e isso causou pequenas e chatas confusões. Sei que a forma culta de conjugar o verbo é "pare", mas muitos veículos adotam uma linguagem mais informal. Ainda perderei outros momentos tentando interpretar qual é o do "para" no texto, se é preposição ou verbo...
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